terça-feira, outubro 28, 2008

Tu estavas no morno da grama, na polpa saborosa do pão. Mas encheram-se de sombras os cântaros e só o meu cavalo pasta na solidão, diz Mario Quintana.


De repente


Olho-te espantado:
Tu és uma Estrela do Mar.
Um minério estranho.
Não sei...

No entanto,
O livro que eu lesse,
O livro na mão.
Era sempre o teu seio!

Tu estavas no morno da grama,
Na polpa saborosa do pão...

Mas agora encheram-se de sombra os cântaros

E só o meu cavalo pasta na solidão.

Mario Quintana
(1906-1994)

Mais sobre Mario Quintana em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana

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