terça-feira, outubro 07, 2008
A solidão povoada de instrumentos era uma carga enorme e sem sentido. Um silêncio magoado e impermeável, no sentimento de Carlos Pena Filho.
A solidão e o seu desgaste
Freqüentador da solidão, às vezes
Jogava ao ar um desespero ou outro,
Mas guardava os menores objetos
Onde a vida morava e o amor nascia.
Era uma carga enorme e sem sentido,
Um silêncio magoado e impermeável...
A solidão povoada de instrumentos,
Roubando espaço à andeja liberdade.
Mas, hoje, é outro que nem lembra aquele
Passeia pelos campos e os despreza
E porque sabe com certeza clara,
O princípio e o fim da coisa amada,
Guarda pouco da vida e o que retém
É só pelo impossível de eximir-se.
Carlos Pena Filho
(1929-1960)
Mais sobre Carlos Pena Filho em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Pena_Filho
(/code)
(code)
Marcadores:
Carlos Pena Filho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário