quarta-feira, outubro 01, 2008
Augusto dos Anjos afirma que o amor na Humanidade é uma mentira. E é por isto que na sua lira, de amores fúteis poucas vezes ele fala.
Idealismo
Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Augusto dos Anjos
(1884-1914)
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6 comentários:
Parabéns pelo blog. Continue com seu belo trabalho.
Um abraço.
Estela
bah.. adoro esse poeta!
Mui belo. Nasceu no momento errado. Deveria ter se juntado à classe dos romantistas. Esses caras sabiam falar de amor.
Eu adoro a obra do Augusto dos Anjos. Ele capta perfeitamente as agunias dos homens.
MARAVILHOSA A SUA RELAÇÃO COM A POESIA E COM OS POETAS.
PERCEBO QUE TODAS SÃO ESCOLHIDAS COM MUITO CARINHO.
ARLETE
Adoro esses poemas,ou seja, adoro poemas...E acho o estilo das poesias de Augusto dos Anjos me atrai,pois retrata a vida, o amor e morte.Perfeito! Parabéns! Rose
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