Espera
Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Mais sobre Eugénio de Andrade em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Andrade
2 comentários:
O poeta mostra a retratação fiel da sensação da espera.
Sem fôlego, garganta seca, terminou
o poema e, eu, ploft!
demais demais,
como horas e horas de poesia saltando da boca, dos dedos, ....
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