sábado, maio 16, 2009

Manuel Bandeira e a que não morrerá nunca. A menina, o anjo, a flor de todos os tempos.


Flor de todos os tempos


Dantes a tua pele sem rugas,
A tua saúde
Escondiam o que era
Tu mesma.

Aquela que balbuciava
Quase inconscientemente:
"Podem entrar."

A que me apertava os dedos
Desesperadamente
Com medo de morrer.

A menina.
O anjo.
A flor de todos os tempos.
A que não morrerá nunca.

Manuel Bandeira
(1886-1968)

Mais sobre Manuel Bandeira em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse poema é muito profundo e ao mesmo tempo delicado como uma pétala de rosa...ah,ainda existe aquele sentimento que nos motiva...sempre haverá e a morte nunca o levará.