sábado, maio 16, 2009
Abgar Renault sofre a morte do filhinho da lavadeira da rua feia. E lá no alto vai-se abrindo grande céu sem mancha cruzeiro-do-sulmente iluminado.
Na rua feia
Na rua feia
de casas pobres,
morreu o filhinho daquela mulher
que lava o linho rico
de um bairro distante.
Morreu bem simplesmente,
assim como um passarinho.
O enterro saiu...lá vai...
um caixãozinho azul
num carro velho de 3a. classe.
Atrás dois autos. Dois.
A tarde irá pôr luto
na rua feia,
de casas pobres?
Garotos brincam de esconder
atrás do muro de cartazes.
Lá no alto
vai-se abrindo grande céu sem mancha
cruzeiro-do-sulmente iluminado.
Abgar Renault
(1901-1995)
Mais sobre Abgar Renault em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abgar_Renault
(/code)
(code)
Marcadores:
Abgar Renault
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário