sexta-feira, junho 13, 2008

Nos versos de Manuel Bandeira, a fina, a doce ferida deixou quebranto amoroso na cicatriz dolorida. A dor do gozo arderá em seu peito por toda a vida.


A fina, a doce ferida


A fina, a doce ferida
Que foi a dor do meu gozo
Deixou quebranto amoroso
Na cicatriz dolorida.

Por que ardor pecaminoso
Ateou a esta alma perdida
A fina, a doce ferida
Que foi a dor do meu gozo.

Como uma adaga partida
Punge o golpe voluptuoso...
Que no peito sem repouso
Me arderá por toda a vida
A fina, a doce ferida...


Manuel Bandeira

(1886-1968)

Mais sobre Manuel Bandeira em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira

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