sábado, junho 21, 2008
Mãos, côncavas de ter, longas de desejo, frescas de abandono, consumidas de espanto, inquietas de tocar e não prender. Tuas mãos, querida, por Sophia.
Mãos
Côncavas de ter
Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender.
Sophia de Mello Breyner
(1919-2004)
Mais sobre Sophia de Mello Breyner em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_de_Mello_Breyner
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