sexta-feira, janeiro 15, 2010
É tua vida a minha própria vida, diz Abgar Renault ao seu amor. Em seus versos de encantamento, ela é como um sonho que nunca se sonhassse.
Encantamento
Ante o deslumbramento do teu vulto
sou ferido de atônita surpresa
e vejo que uma auréola de beleza
dissolve em lua a treva em que me oculto.
Estás em cada reza do meu culto,
sonhas na minha lânguida tristeza,
e, disperso por toda a natureza,
paira o deslumbramento do teu vulto.
É tua vida a minha própria vida,
e trago em mim tua alma adormecida...
Mas, num mistério surdo que me assombra,
Tu és, às minhas mãos, fluida, fugace,
como um sonho que nunca se sonhasse
ou como a sombra vã de uma outra sombra...
Abgar Renault
(1901-1995)
Mais sobre Abgar Renault em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abgar_Renault
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