segunda-feira, agosto 10, 2009
Sombra Boa não tinha e-mail, mas escreveu um bilhete para Maria e mandou Ramela entregar. E Manoel de Barros contou em versos como o amor se fez.
Sonata ao luar
Sombra Boa não tinha e-mail.
Escreveu um bilhete:
Maria me espera debaixo do ingazeiro
quando a lua tiver arta.
Amarrou o bilhete no pescoço do cachorro
e atiçou:
Vai Ramela, passa!
Ramela alcançou a cozinha num átimo.
Maria leu e sorriu.
Quando a lua ficou arta Maria estava.
E o amor se fez
Sob um luar sem defeito de abril.
Manoel de Barros
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2 comentários:
Que gostoso de ler esse texto, adorei.
Muito bom. Um encontro marcado à moda antiga. Romântico e belo.
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