quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Em versos, Olavo Bilac diz que quando ama, ama e delira sem barulho. E quando sofre, cala-se e definha, na ventura infeliz do seu orgulho.
Penetrália
Falei tanto de amor!...de galanteio,
Vaidade e brinco, passatempo e graça,
Ou desejo fugaz, que brilha e passa
No relâmpago breve com que veio...
O verdadeiro amor, honra e desgraça,
Gozo ou suplício, no íntimo fechei-o:
Nunca o entreguei ao público recreio,
Nunca o expus indiscreto ao sol da praça.
Não proclamei os nomes, que baixinho,
Rezava... E ainda hoje, tímido, mergulho
Em funda sombra o meu melhor carinho.
Quando amo, amo e deliro sem barulho:
E quando sofro, calo-me e definho
Na ventura infeliz do meu orgulho.
Olavo Bilac
(1865-1918)
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Um comentário:
Minha alma e minha infancia,antiga e nova como esse dia raiando, cresceu lendo Bilac.Poeta de todos os poemas,e esse amor assim vivido,passado a limpo nas palavras encantam o nosso coração,o meu que já amou dessa forma.Ave Bilac.
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