quinta-feira, agosto 09, 2007

Agora, creio que vou morrer. Foi assim que, em sua desventura, Cecília Meirelles encerrou um lindo poema de amor.


Desventura

Tu és como o rosto das rosas:

diferente em cada pétala.

Onde estava o teu perfume? Ninguém soube.

Teu lábio sorriu para todos os ventos

e o mundo inteiro ficou feliz.

Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,

como um segredo que cai dos sonho.

Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.

Agora, creio que vou morrer.

Cecília Meirelles

(1901-1964)

Mais sobre Cecília Meirelles em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles

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