quarta-feira, julho 25, 2007

Em pleno fragor da Revolução de Outubro, Vladimir Mayakovsky encontrava momentos para o lirismo de sua poesia.


Nacos de nuvem

No céu flutuavam trapos
de nuvem - quatro farrapos;
do primeiro ao terceiro - gente;
o quarto - um camelo errante.
A ele, levado pelo instinto,
no caminho junta-se um quinto.
Do seio azul do céu, pé-ante-
pé, se desgarra um elefante.
Um sexto salta - parece.
Susto: o grupo desaparece.
E em seu rasto agora se estafa
o sol - amarelo girafa.

Vladimir Mayakovsky
(1893-1930)

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