quarta-feira, setembro 17, 2008

Na toada de Emílio Moura, os que não podem amar estão cantando, estão cantando e morrendo. Mas ninguém ouve o canto que soluça por detrás das grades.


Toada dos que não podem amar


Os que não podem amar
estão cantando.
A luz é tão pouca, o ar é tão raro
que ninguém sabe como ainda vivem.
Os que não podem amar
estão cantando,
estão cantando
e morrendo.
Ninguém ouve o canto que soluça
por detrás das grades.

Emílio Moura
(1902-1971)

Mais sobre Emílio Moura em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Moura

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