quarta-feira, dezembro 09, 2009

Guilherme de Almeida quis o desejo nu que corta o branco inútil do irreconhecível. E a sombra não disse o gosto longínquo dos copos emborcados.


Vontade


Eu quis o desejo nu que corta
o branco inútil do irreconhecível.
E as areias deram lírios
e a cinza distanciou
os dedos estendidos para a forma
para os planos e para as raízes;
e a sombra não disse
o gosto longínquo dos copos emborcados.

Guilherme de Almeida
(1890-1969

Mais sobre Guilherme de Almeida em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Almeida

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