Gostaria de parabenizá-los pela iniciativa de um projeto tão importante para a divulgação da poesia e literatura.
Meu comentário tem como prioridade ajudar a garantir a preservação da autoria e queria informar que o poema "Metade" não é de Ferreira Gullar – poeta que aprecio e admiro muito – mas do cantor Oswaldo Montenegro.
Sou professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, bacharel em Direito e graduanda do penúltimo período do curso de Letras.
Leila, Seu comentário está equivocado, o poema é de Ferrira Gullar sim, o que pode ser facilmente comprovado. A letra da música a que você se refere, tem uma trecho com uma certa, digamos assim, "semelhança", com os versos imortais do grande poeta brasileiro. Como professora de Letras, você deveria saber disso. Abraços, Paula
Primeiramente, meus parabéns pela iniciativa. Já há algum tempo passo pelo blog furtivamente, copio alguns versos, e tímida, guardo para mim os comentários ao invés de publicá-los. Mas dessa vez, houve uma outra razão além dos elogios habituais que o blog merece. Estive a procurar sobre a verdadeira autoria de Metade na web - que julgava eu ser de Ferreira Gullar, mesmo depois de ter ouvido a versão declamada por Oswaldo Montenegro. E o parecer mais verossímil que consegui encontrar foi um extenso comentário assinado por Ulysses Machado - Pupin & Noronha advogados, de que destaco um trecho: "a bela poesia "Traduzir-se", de autoria do consagrado poeta Ferreira Gullar , publicada, no seu livro "Na vertigem do dia", nada tem que ver com a poesia "Metade", de Oswaldo Montenegro, divulgada, pela primeira vez, no texto da peça "João Sem Nome", no Rio de Janeiro e em Brasília. A referida obra foi também publicada no álbum Trilhas, gravado alguns anos depois, e no álbum "Oswaldo Montenegro ao vivo", no ano de 1988 e lançado pela Sigla, dessa vez editada pela Warnner Chappel, editora que detém os direitos de arrecadação autoral." (http://elogiadaloucura.blogspot.com/2006/04/metade-e-que-fora-do-medo-que-tenho-no.html)
Assim, busco um esclarecimento final para a verdadeira autoria do poema. Abraços! Elena.
A poesia Metade é de autoria de Oswaldo Montenegro. Ferreira Gullar escreveu Traduzir-se. As duas se referem à dualidade do ser humano, só que Oswaldo Montenegro usa ...metade de mim.... e Ferreira Gullar usa ...uma parte de mim... .Esta poesia e outras deste grande poeta pode ser lida no livro "Toda Poesia Ferreira Gullar, 1950-1980"; ed. Civilização Brasileira. Espero ter contribuído.
Esta poesia é de Oswaldo Montenegro, sim. Ferreira Gullar tem um poema que também fala de "metades", razão pela qual há essa confusão. Abaixo, o lindo poema de Ferreira Gullar:
TRADUZIR-SE Ferreira Gullar
Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.
Uma parte de mim alomoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem.
Traduzir uma parte na outra parte _ que é uma questão de vida ou morte _ será arte?
Perdoem os nossos leitores , mas este erro já deveria ter sido corrigido há muito tempo. Não entendo como continuou constando do blog, dada a evidente diferença entre a poesia de Ferreira Gullar e a letra da música em questão. Agora, o post será deletado, mas os comentários permanecerão para advertir eventuais leitores que tenham sido induzidos a erro por nossa indesculpável falha. Obrigado a todos que deram a sua colaboração, contribuindo para que o Poemblog possa ser um instrumento confiável de divulgação da poesia de qualidade.
Escrevo para comentar a nota publicada na coluna do Ancelmo Gois, na edição do dia 03 de novembro, de O Globo, a respeito da confusão entre meu poema “Metade” e o poema “Traduzir-se”, de Ferreira Gullar. Esta confusão acontece já há algum tempo na internet e venho há anos tentando esclarecê-la. As duas obras são completamente distintas, embora abordem, ambas, a dualidade humana.
Só vim a conhecer o poema “Traduzir-se” no final da década de 80. Verificamos ainda, através de pesquisas, que o referido poema de Ferreira Gullar foi publicado em 1980, em seu livro "Na vertigem do dia", ou seja, 5 anos após a publicação do poema "Metade".
Oswaldo Montenegro
“Traduzir-se” de Ferreira Gullar começa assim: Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.
“Metade” começa assim: Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio.
Recebi um o texto do Oswaldo mas com autoria do Ferreira. Q bom q resolvi pesquisar antes de passar adiante, assim ñ continuo fazendo a informação errada circular.
10 comentários:
parabéns pela iniciativa. O que te motivou? gostaria muito de saber.
Bem, sou professora de Literatura e apaixonada por poetas brasileiros contemporâneos. Parece-me que você também gosta, não?
Lindíssimo esse poema do Ferreira Gullar. Parece até que é fácil dizer o indizível.
Até mais!
eh incrivel como essa poesia me faz chorar cada vez que a leio. parabens sempre....
Gostaria de parabenizá-los pela iniciativa de um projeto tão importante para a divulgação da poesia e literatura.
Meu comentário tem como prioridade ajudar a garantir a preservação da autoria e queria informar que o poema "Metade" não é de Ferreira Gullar – poeta que aprecio e admiro muito – mas do cantor Oswaldo Montenegro.
Sou professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, bacharel em Direito e graduanda do penúltimo período do curso de Letras.
Obrigada pela atenção!
Leila,
Seu comentário está equivocado, o poema é de Ferrira Gullar sim, o que pode ser facilmente comprovado. A letra da música a que você se refere, tem uma trecho com uma certa, digamos assim, "semelhança", com os versos imortais do grande poeta brasileiro.
Como professora de Letras, você deveria saber disso.
Abraços,
Paula
Primeiramente, meus parabéns pela iniciativa. Já há algum tempo passo pelo blog furtivamente, copio alguns versos, e tímida, guardo para mim os comentários ao invés de publicá-los. Mas dessa vez, houve uma outra razão além dos elogios habituais que o blog merece.
Estive a procurar sobre a verdadeira autoria de Metade na web - que julgava eu ser de Ferreira Gullar, mesmo depois de ter ouvido a versão declamada por Oswaldo Montenegro. E o parecer mais verossímil que consegui encontrar foi um extenso comentário assinado por Ulysses Machado - Pupin & Noronha advogados, de que destaco um trecho:
"a bela poesia "Traduzir-se", de autoria do consagrado poeta Ferreira Gullar , publicada, no seu livro "Na vertigem do dia", nada tem que ver com a poesia "Metade", de Oswaldo Montenegro, divulgada, pela primeira vez, no texto da peça "João Sem Nome", no Rio de Janeiro e em Brasília. A referida obra foi também publicada no álbum Trilhas, gravado alguns anos depois, e no álbum "Oswaldo Montenegro ao vivo", no ano de 1988 e lançado pela Sigla, dessa vez editada pela Warnner Chappel, editora que detém os direitos de arrecadação autoral."
(http://elogiadaloucura.blogspot.com/2006/04/metade-e-que-fora-do-medo-que-tenho-no.html)
Assim, busco um esclarecimento final para a verdadeira autoria do poema.
Abraços!
Elena.
A poesia Metade é de autoria de Oswaldo Montenegro. Ferreira Gullar escreveu Traduzir-se. As duas se referem à dualidade do ser humano, só que Oswaldo Montenegro usa ...metade de mim.... e Ferreira Gullar usa ...uma parte de mim... .Esta poesia e outras deste grande poeta pode ser lida no livro "Toda Poesia Ferreira Gullar, 1950-1980"; ed. Civilização Brasileira. Espero ter contribuído.
Esta poesia é de Oswaldo Montenegro, sim. Ferreira Gullar tem um poema que também fala de "metades", razão pela qual há essa confusão.
Abaixo, o lindo poema de Ferreira Gullar:
TRADUZIR-SE
Ferreira Gullar
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
alomoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
_ que é uma questão
de vida ou morte _
será arte?
Perdoem os nossos leitores , mas este erro já deveria ter sido corrigido há muito tempo. Não entendo como continuou constando do blog, dada a evidente
diferença entre a poesia de Ferreira Gullar e a letra da música em questão. Agora, o post será deletado, mas os comentários permanecerão para advertir eventuais leitores que tenham sido induzidos a erro por nossa indesculpável falha.
Obrigado a todos que deram a sua colaboração, contribuindo para que o Poemblog possa ser um instrumento confiável de divulgação da poesia de qualidade.
A quem interessar possa:
Escrevo para comentar a nota publicada na coluna do Ancelmo Gois, na edição do dia 03 de novembro, de O Globo, a respeito da confusão entre meu poema “Metade” e o poema “Traduzir-se”, de Ferreira Gullar. Esta confusão acontece já há algum tempo na internet e venho há anos tentando esclarecê-la.
As duas obras são completamente distintas, embora abordem, ambas, a dualidade humana.
Só vim a conhecer o poema “Traduzir-se” no final da década de 80. Verificamos ainda, através de pesquisas, que o referido poema de Ferreira Gullar foi publicado em 1980, em seu livro "Na vertigem do dia", ou seja, 5 anos após a publicação do poema "Metade".
Oswaldo Montenegro
“Traduzir-se” de Ferreira Gullar começa assim:
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
“Metade” começa assim:
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Recebi um o texto do Oswaldo mas com autoria do Ferreira. Q bom q resolvi pesquisar antes de passar adiante, assim ñ continuo fazendo a informação errada circular.
bjs
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