quarta-feira, abril 14, 2010

Tão imperfeitas, nossas maneiras de amar. Quando alcançaremos o limite, o absoluto amor, revel à condição de carne e alma, indaga Drummond em versos.


Aspiração


Tão imperfeitas, nossas maneiras
de amar.
Quando alcançaremos
o limite, o ápice
de perfeição
que é nunca mais morrer,
nunca mais viver
duas vidas em uma,
e só o amor governe
todo além, todo fora de nós mesmos?
O absoluto amor,
revel à condição de carne e alma.

Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987)

Mais sobre Carlos Drummond de Andrade em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade

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