domingo, abril 04, 2010
Na praça, este domingo não é de hoje: é antigo. Sou, domingo na praça, um momento o que fui, na nostalgia de Mauro Mota.
Domingo na praça
Na praça, este domingo
não é de hoje: é antigo.
O banco, o lago, a relva
para onde é que me levam?
Ai, dezembro de acácias,
esta praça não passa.
E essa gente depressa
(a moça e a bicicleta)
passa para deixar-se
um pouco nesta tarde.
Ai, dezembro de acácias,
este cheiro, esta música...
Sou, domingo na praça,
um momento o que fui.
Mauro Mota
(1911-1984)
Mais sobre Mauro Mota em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mauro_Mota
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