segunda-feira, abril 12, 2010
Aos amigos, Eugénio de Andrade amou despido de ternura fatigada. Uns iam, outros vinham, a nenhum ele perguntava porque partia, porque ficava.
Os amigos
Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham;
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria -
por mais amarga.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Mais sobre Eugénio de Andrade em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Andrade
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