Despede teu pudor
Despede teu pudor com a camisa
E deixa alada louca sem memória
Uma nudez nascida para a glória
Sofrer de meu olhar que te heroíza
Tudo teu corpo tem, não te humaniza
Uma cegueira fácil de vitória
E como a perfeição não tem história
São leves teus enredos como a brisa
Constante vagaroso combinado
Um anjo em ti se opõe à luta e luto
E tombo com um sol abandonado
Enquanto amor se esvai a paz se eleva
Teus pés rocando nos meus pés escuto
O respirar da noite que te leva.
Paulo Mendes Campos
(1922-1991)
Mais sobre Paulo Mendes Campos em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Mendes_Campos
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