segunda-feira, julho 11, 2011
Cecília Meireles diz que amor, ventura, ela não tem. Mas dor obscura e tempo.
Amor, ventura
Amor, ventura,
não tenho.
Mas dor obscura
e tempo.
Deus encoberto
não vejo,
mas perto e certo
o entendo.
Vive, não vivo:
contemplo
meu sonho ativo
e isento.
Que mundo existe,
suspenso,
depois de um triste
degredo?
Não quero o acaso!
E penso:
lavra o meu prazo
que vento?
Cecília Meireles
(1901-1964)
Mais sobre Cecília Meireles em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles
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