sábado, fevereiro 19, 2011
Na música que é tua, meus lábios torrenciais caem pesados, duros. E nunca mais, nos versos de amor de Eugénio de Andrade.
Os lábios
Na música que é tua,
meus lábios torrenciais
caem pesados, duros.
E nunca mais.
Despenham-se a prumo:
vidros ou punhais.
Arrastam-te ao fundo.
E nunca mais.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Mais sobre Eugénio de Andrade em
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