quarta-feira, setembro 08, 2010
O poeta vai ao jóquei. E o que lhe agrada é ter, a seu lado, a que nos loucos páreos do amor o faz vencido e vencedor.
O poeta vai ao jóquei
O que me agrada, o que pleiteio,
não é das duplas o rateio,
nem placês nem pules miríficas,
mas tão-somente, nas magníficas
tardes de ouro outonal da Gávea,
ter a meu lado, calma e suave, a
que nos loucos páreos do amor
me faz vencido e vencedor.
Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987)
Mais sobre Carlos Drummond de Andrade em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade
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