quarta-feira, maio 09, 2007

"Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé, de Ariana para Dionísio, canção III", poema de Hilda Hilst, música de Zeca Baleiro, com Maria Bethanea.


Ode descontínua e Remota para Flauta e Oboé, de
Ariana para Dioníosio, canção III


III
A minha Casa é gurdiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?

Hilda Hilst
(1930-2004)

Mais sobre Hilda Hilst em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hilda_Hilst
mais sobre Zeca Baleiro em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zeca_Baleiro
e mais sobre Maria Bethanea em
http://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Beth%C3%A2nia

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei seu blog!!!!!!!!!! Dá para ficar horas aqui, desfrutando de muita arte. Parabéns MESMO

Abraço, Natalia
http://patativas.blog.terra.com.br
http://fotolog.terra.com.br/travessao