sábado, maio 19, 2007

Mario Quintana e um poema, triste, solitário, único. Ferido de beleza mortal.


O poema


Um poema como um gole dágua bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de beleza mortal.

Mário Quintana
(1906-1994)

Mais sobre Mario Quintana em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana .

2 comentários:

Unknown disse...

Sua descrição diz tudo!
"...um poema, triste, solitário, único. Ferido de beleza mortal."
Muito bom!

monidibb disse...

O poema é sempre solitário e único.Mas....porque sempre triste não é?Talvez por ser solitário.

A beleza do poema é perene....talvez mortal para quem o lê.