segunda-feira, janeiro 28, 2013
Olavo Bilac ainda vê em seu amor vestígios de uma beleza outrora viva. E hoje perdida.
Vestígios
Foram-te os anos consumindo aquela
Beleza outrora viva e hoje perdida...
Porém teu rosto de passada vida
Inda uns vestígios trêmulos revela.
Assim, dos rudes furacões batida,
Velha, exposta aos furores da procela,
Uma árvore de pé, serena e bela,
Inda se ostenta, na floresta erguida.
Raivoso o raio a lasca, e a estala, e a fende...
Racha-lhe o tronco anoso... Mas, em cima,
Verde folhagem triunfal se estende.
Mal segura no chão, vacila...Embora!
Inda os ninhos conserva e se reanima
Ao chilrear dos pássaros de outrora...
Olavo Bilac
(1865-1918)
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