terça-feira, junho 01, 2010
Foi para ti que criei as rosas e que pus no céu a lua. Foi para ti que deitei no chão um corpo aberto como os animais, no amor de Eugénio de Andrade.
Foi para ti que criei as rosas
Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.
Foi para ti que pus no céu a lua
e o verde mais verde nos pinhais.
Foi para ti que deitei no chão
um corpo aberto como os animais.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Mais sobre Eugénio de Andrade em
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