terça-feira, setembro 22, 2009
Bocage diz que seu ser evaporou na luta insana do tropel de paixões que o arrastava. E pede a Deus que saiba morrer o que viver não soube.
Meu ser evaporei na luta insana
Meu ser evaporei na luta insana
Do tropel de paixões que me arrastava:
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quasi imortal a essência humana!
De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos
Deus, ó Deus!... quando a morte a luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.
Manuel Maria Barbosa du Bocage
(1765-1805)
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Maria_Barbosa_du_Bocage
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Um comentário:
Meu louco querido!!! Nós também não sabemos...
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