sábado, dezembro 30, 2006

Manuel Bandeira dizia fazer versos como quem chora, como quem morre. Porque qualquer forma de amor vale a pena, vale amar.


Desencanto


Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!!
Qualquer forma de amor vale amar!

Manuel Bandeira

(1886-1968 )

Mais sobre Manuel Bandeira em

http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bacana seu blog. Parabéns! Nós realmente precisamos de que a poesia seja divulgada.
Estou em fase de finalização de um site que tratará, entre outras coisas, de literatura. Caso se interesse, provavelmente, precisarei de colaboradores. E-mail: armadilha@armadilhapoetica.com