segunda-feira, julho 20, 2015

Assim Manuel Bandeira quereria que fosse o seu ultimo poema.


O último poema

Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira
(1886-1968)

Mais sobre Manuel Bandeira em

Nenhum comentário: