quinta-feira, setembro 28, 2006
Quando a poesia foi posta em oposição à utopia, a culpa não foi dos versos. Foi do poeta, apenas um homem.
O utopista
Ele acredita que o chão é duro
Que todos os homens estão presos
Que há limites para a poesia
Que não há sorrisos nas crianças
Nem amor nas mulheres
Que só de pão vive o homem
Que não há um outro mundo.
Murilo Mendes
(1901-1975)
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