Bóiam leves, desatentos
Bóiam leves, desatentos
Meus pensamentos de mágoa,
como no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.
Bóiam como folhas mortas,
À tona de águas paradas.
São coisas vestindo nadas,
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas.
Sono de ser, sem remédio,
vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói.
(1888-1935)
Mais sobre Fernando Pessoa em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa
2 comentários:
Muito bonito! Parabéns! gostaria de receber esse vídeo em meu e-mail! Não conhecia esse blog, mas já está nos meus favoritos!
Abraço!
wallistenpg@yahoo.com.br
Obrigado
Muito bonito! Parabéns! gostaria de receber esse vídeo em meu e-mail! Não conhecia esse blog, mas já está nos meus favoritos!
Abraço!
wallistenpg@yahoo.com.br
Obrigado
Postar um comentário