domingo, março 16, 2014
Em sua ode, Ricardo Reis diz que ninguém a outro ama. Senão que ama o que de si há nele, ou é suposto.
Ninguém a outro ama
Ninguém a outro ama, senão que ama
O que de si há nele, ou é suposto.
Ninguém te pese que não te amem. Sentem-te
Quem és, e és estrangeiro.
Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.
Firme contigo, sofrerás avaro
De penas.
Ricardo Reis, um dos heterônimos de
Fernando Pessoa
(1888-1935)
Mais sobre Fernando Pessoa em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa
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