Amor
Os rios falam de ti,
Tantos peixes migradores
Trazem-te cartas do Oriente!
Os anjos circulam suspirando
Em torno da colméia de teus lábios.
Disfarçado em jardineiro
O Hóspede vem te visitar.
Preso ao teu corpo dia e noite
Perdi a noção do eu
E te amo tanto que não sei mais
Se me salvo ou me danarei.
Murilo Mendes
(1901-1975)
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