Adeus, adeus, adeus!
Adeus, adeus, adeus! E, suspirando,
Saí deixando morta a minha amada,
Vinha o luar iluminando a estrada
E eu vinha pela estrada soluçando.
Perto, um ribeiro claro murmurando
Muito baixinho como quem chorava,
Parecia o ribeiro estar chorando
As lágrimas que eu triste gotejava.
Súbito ecoou do sino o som profundo!
Adeus! - eu disse. Para mim no mundo
Tudo acabou-se, apenas restam mágoas.
Mas no mistério astral da noute bela
Pareceu-me inda ouvir o nome dela
No marulhar monótono das águas!
Vinha o luar iluminando a estrada
E eu vinha pela estrada soluçando.
Perto, um ribeiro claro murmurando
Muito baixinho como quem chorava,
Parecia o ribeiro estar chorando
As lágrimas que eu triste gotejava.
Súbito ecoou do sino o som profundo!
Adeus! - eu disse. Para mim no mundo
Tudo acabou-se, apenas restam mágoas.
Mas no mistério astral da noute bela
Pareceu-me inda ouvir o nome dela
No marulhar monótono das águas!
Augusto dos Anjos
(1884-1914)
Mais sobre Augusto dos Anjos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos
(1884-1914)
Mais sobre Augusto dos Anjos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos
Um comentário:
Lindo, lindo, lindo!!! Adoro os poemas de Augusto dos Anjos. Belo blog. Abraços
Postar um comentário