segunda-feira, dezembro 19, 2011

Mário de Sá-Carneiro quer deixar a vida, este mundo malvado. E repousar ao lado de sua amante, para ele, divina.



Quem me dera meu amor

Quem me dera, meu amor,
Contigo deixar a vida.
Que é tanta esp'rança perdida,
Que é tanta miséria e dor!
Deixar o mundo malvado
E repousar a teu lado -
Oh! minha amante divina! -
Na mesma cova esquecida,
Tendo à minha boca unida
Essa boca pequenina!...

Mário de Sá-Carneiro
(1890-1916)

Mais sobre Mário de Sá-Carneiro em
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_de_S%C3%A1-Carneiro


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