sábado, dezembro 05, 2015
O amor em tercetos, por Thiago de Mello.
Tercetos de amor
§ Só agora aprendi
que amar é ter e reter.
Foi quando te vi.
§ Vi quando a rosa se abriu.
Como a eternidade
pode ser tão fugaz?
§ Não sei quando é o mar,
ou se é o sol dos teus cabelos.
Tudo são funduras.
§ Na entressombra, o sabre
se estira na relva morna.
O nenúfar se abre.
§ Brilha um dorso: és tu.
Encontro no teu ventre
a explicação da luz.
Thiago de Mello
(1926)
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