Flor de todos os tempos
Dantes a tua pele sem rugas,
A tua saúde
Escondiam o que era
Tu mesma.
Aquela que balbuciava
Quase inconscientemente:
"Podem entrar."
A que me apertava os dedos
Desesperadamente
Com medo de morrer.
A menina.
O anjo.
A flor de todos os tempos.
A que não morrerá nunca.
Manuel Bandeira
(1886-1968)
Mais sobre Manuel Bandeira em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira
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