Os lábios
Na música que é tua,
meus lábios torrenciais
caem pesados, duros.
E nunca mais.
Despenham-se a prumo:
vidros ou punhais.
Arrastam-te ao fundo.
E nunca mais.
Eugénio de Andrade
(1923-2005)
Mais sobre Eugénio de Andrade em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A9nio_de_Andrade
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