Manhã
As estátuas sem mim não podem mover os braços
Minhas antigas namoradas sem mim não podem amar seus maridos
Muitos versos sem mim não poderão existir.
É inútil deter as aparições da musa
É difícil não amar a vida
Mesmo explorado pelos outros homens
É absurdo achar mais realidade na lei que nas estrelas
Sou poeta irrevogavelmente.
Murilo Mendes
(1901-1975)
Mais sobre Murilo Mendes em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Murilo_Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário