EmbaloNo balanço das águas,
Ao trépido pulsar
Da máquina, embalar
As persistentes mágoas
Das peremptas feridas...
Beber o céu nos ventos
Sabendo a sonolentos
Sais e iodados relentos.
Anseios de insofridas
Esperas e esperanças
Diluem-se na bruma
Como na vaga a espuma
- Flores de espumas mansas -
Que a um lado e outro abotoa
Da cortadora proa.
Azuis de águas e céus...
Sou nada, e entanto agora
Eis-me centro finito
Do círculo infinito
De mar e céus afora.
- Estou onde está Deus.
Manuel Bandeira(1886-1968)
Mais sobre Manuel Bandeira em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário