SúplicaAgora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga(1907-1995)
Mais sobre Miguel Torga em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Torga
Um poema para um novo amor é sempre de esperança. Mas não se deve escrever poemas "fatais" a amores que consideramos mortos. Ninguém sabe o dia de amanhã. Um dia nossa fortuna pode acabar e comermos pão dormido. Um abraço terno, colecionador de poemas.
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